E o deserto florescerá!

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domingo, 20 de março de 2011

O DESÂNIMO

     Hoje em dia é muito fácil encontrarmos pessoas dominadas pelo desânimo em todas as áreas da vida, também na vida espiritual. Quando alguém me diz que está desanimado, dependendo do grau de desânimo que observo na pessoa, sinto muita compaixão, porque eu sei do que ela está falando. Lutar contra o desânimo é algo muito real em minha vida, e acho que o demônio do desânimo é um dos mais difíceis de derrotar. A imagem que eu tenho dele é de um “buraco negro” que suga minha energia, vitalidade, alegria e entusiasmo, me levando ao isolamento, a solidão. Quando luto com ele sinto claro que o seu desejo é me levar à morte, à perda do sentido da vida.
       Sabemos que é mais ou menos comum sentir desânimo por volta dos quarenta anos. Nesta fase da vida, em que atingimos a meia idade, costumamos fazer um balanço para vermos perdas e ganhos, reavaliar a vida que temos levado, onde as nossas escolhas nos levaram, e fazer uma correção da rota. Se isto é feito de uma forma saudável vamos procurar o que é bom, o que me faz crescer como pessoa, filha de Deus. Mas se esta avaliação e possível mudança for feita a partir das feridas e dos pecados podemos tomar um caminho enganoso e destruir mesmo o que já conseguimos realizar de bom na vida.
      Mas hoje parece que o desânimo atinge os nossos jovens cada vez mais cedo. Penso que uma das causas desse fenômeno é o consumismo  gerando insatisfação e frustração, a desintegração da família, e a perda dos valores morais tendo como consequência o desrespeito por nós mesmos e pelos outros.
Vou partilhar com vocês as armas que eu costumo usar contra o desânimo.
1.    A oração: Deus é a fonte da vida e só Ele pode me dar o sentido da vida. Aproximo-me dele como Davi, suplicando: “Restitui-me a alegria da tua salvação e sustenta-me com um espírito generoso” (Sl 51(50), 14). Sentir que Ele está comigo em meu desânimo me dá uma força sobrenatural.
2.    Ter amigos, cultivar amizades. Não me afastar da comunidade de fé. Juntos sustentamos uns aos outros em nossa fraqueza.
3.    O hábito de fazer trabalhos manuais. Especialmente aqueles que me permitem exercer a criatividade.
4.    Ter equilíbrio entre a ocupação e o ócio. Ocupar o meu tempo, mas ter pausas restauradoras mais ou menos programadas.

  “Fortalecei as mãos enfraquecidas e firmai os joelhos vacilantes!” (Is 35,3).

            Oremos juntos:
      Meu coração está em tuas Mãos, meu pai. Em tuas mãos encontro repouso, descanso, compreensão, acolhida, amor, explicação, significado.  E nos momentos mais difíceis e dolorosos da minha vida o Senhor tomou meu coração e o colocou junto ao teu coração amoroso. Assim fui e sou protegida do mal. Tuas santas mãos, Jesus, e teu coração é meu refúgio. E onde eu for, por onde o Senhor me levar, eu estarei em casa.
      Jesus, eu quero corresponder ao seu amor com todas as forças da minha alma. Quero viver plenamente tudo que o Senhor me permitir viver. Por isto lanço fora agora as forças do desânimo, abatimento, solidão, as forças do nada, do vazio, da falta de sentido, que querem roubar minha vida e a alegria de viver. Sobre a minha vida eu te proclamo, Jesus, meu senhor e salvador. Amém.

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