E o deserto florescerá!

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quarta-feira, 9 de novembro de 2011

EU VI O SENHOR!


       “Maria ficou do lado de fora, chorando junto ao sepulcro. Enquanto chorava, inclinou-se para o sepulcro e viu dois anjos vestidos de branco, sentados no lugar onde estivera o corpo de Jesus, um à cabeceira e outro aos pés. Eles perguntaram: ‘Mulher, por que choras?’ Ela respondeu: ‘Porque levaram o Senhor e não sei onde o puseram’. Depois de dizer isso, ela virou-se para trás e viu Jesus que ali estava, mas não o reconheceu. Jesus perguntou-lhe: ‘Mulher, por que choras? A quem procuras?’ Crendo que era o jardineiro, ela disse: ‘Senhor, se foste tu que o levaste, dize-me onde o puseste e eu irei buscá-lo’. Respondeu Jesus: ‘Maria’. Ela, virou-se e disse em hebraico: ‘Raboni’- que quer dizer Mestre. Jesus disse: ‘Não me retenhas porque ainda não subi ao Pai. Vai aos meus irmãos e dize-lhes: Subo para meu Pai e vosso Pai, meu Deus e vosso Deus’. Maria Madalena foi anunciar aos discípulos que tinha visto o Senhor. E contou-lhes o que Jesus tinha dito” (Jo 20,11-18).
 
       Maria Madalena ficou olhando para o túmulo e deixou que a dor a cegasse por isso não viu os sinais de Deus. Presa em seus sentimentos, na dor, no medo, na ansiedade, por ter perdido o Senhor não viu os sinais do céu: o sepulcro vazio, os anjos vestidos de branco. Tão cega estava que não reconheceu nem mesmo o Senhor ressuscitado quando Ele perguntou: “Por que choras?” “A quem procuras?”. E estava disposta a fazer algo acima de suas forças: buscar um cadáver: “dize-me onde o pusestes e eu irei buscá-lo”.

       Quando somos dominados pelos sentimentos como Maria Madalena estava, não medimos esforços para realizar até mesmo algo acima de nossas forças. E muitas vezes nesse afã não nos respeitamos, vamos além do nosso limite, e as vezes colocamos todo empenho em algo que não é a vontade de Deus para nós. Como Maria Madalena pensava em por todo seu empenho em recuperar o corpo do Senhor morto quando Deus pedia que ela simplesmente abrisse os olhos para uma realidade nova e uma nova forma de relacionamento com o Mestre.

       Mesmo quando Ele a chama pelo nome tudo o que ela quer é agarrar-se a Ele, reter a fonte de sua alegria. Se Jesus se deixasse reter por ela a privaria da alegria do Espírito Santo, a alegria de ser portadora do anúncio da ressurreição do Senhor, a alegria da vida em comunidade, como irmãos de Jesus, filhos de Deus Pai.

Oremos juntos:

        Senhor, dá-me a graça de desapegar-me de mim mesma, dos meus sentimentos, projetos e forma de ver a vida.
Que os meus olhos estejam sempre abertos para vós e para a novidade de vida que o seu Espírito me dá. 
Dá-me a graça de perceber teus sinais no caminho, e que eu nunca me canse de anunciar: Eu vi o Senhor!
 Que ao te reconhecer dizendo: Rabuni, Mestre, meu coração e minha mente possa estar inteiramente abertos para a sua presença amorosa, salvadora, curadora. 
E assim todas as minhas forças estejam voltadas para ti, pronta para ti seguir, meu Senhor, meu Mestre.
Amém.

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