E o deserto florescerá!

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quinta-feira, 1 de março de 2018

A LIBERTAÇÃO DO MEDO


      Na Bíblia Deus nos fala muitas vezes “Não tenhas medo!” A primeira fala de São João Paulo II ao ser eleito Papa foi: “Não tenhais medo! Abri as portas para Cristo”. Na fala do Papa temos o mal e o remédio.  Só Jesus Cristo pode verdadeiramente nos libertar do medo. Proponho a você caminhar durante seis dias pedindo ao Senhor a cura de feridas profundas – o medo geralmente vem da ferida do desamparo, do abandono - e a libertação do medo. Vou trazer aqui alguns medos que o Senhor me inspirou em oração, mas você pode descobrir outros que perturbam sua vida. Desejo que a reflexão destes medos possa te levar a identificar os medos que mais te amedrontam.

Primeiro medo: medo de viver a pureza, a castidade.

      Trago o medo de viver a pureza como o primeiro porque ele está enraizado profundamente em nós e muitas vezes não o identificamos. Mas primeiramente precisamos identificar o que é a castidade. Muitas vezes pensamos que castidade é se abster totalmente da prática sexual. Castidade é viver santamente a prática sexual conforme seu estado de vida. A vivencia da castidade é uma para os casados e outra para os solteiros e celibatários. Viver a castidade conforme meu estado de vida é viver a pureza. Muitos casais não conseguem ter comunhão de amor na vida sexual porque um deles ou os dois experimentou uma prática sexual desordenada antes do casamento.

       Numa sociedade erotizada como a nossa é fácil associar o prazer com a prática sexual e por isso rejeitamos, no mais profundo do ser, a vivência da pureza. Muitas vezes encontramos pessoas que se submetem a um relacionamento abusivo pelo medo de ficar sem a prática sexual. A pergunta que assombra a muitos é: E se eu não tiver mais o prazer sexual? Isto gera em nós um permanente estado de angústia e frustração. A angústia e frustração gera em nós a raiva, a ira contra nós mesmos – nos tornamos dispostos a tudo para ter prazer sexual -, contra o outro que de alguma forma me rouba este prazer, contra a vida, e até mesmo contra Deus.

      Este estado de angústia e frustração nos impede de viver plenamente o prazer da sexualidade que está presente em todo nosso ser e não se resume ao ato genital. Buscamos o prazer sexual como fuga da solidão e o desejo de comunhão, de me fundir no outro. Mas se deixarmos este desejo ir além, em direção àquilo que realmente minha alma anseia, ele pode ser benéfico.

        O remédio é entregar o medo a Jesus e deixar-se abraçar por Ele. E se identifico que houve um tempo ou momento que este medo entrou em meu coração, posso voltar àquele momento de perda e desamparo e deixar que Jesus carregue sobre Si o meu medo. Deixar que o Senhor arranque o medo que grudou em mim como uma erva daninha.

“Ó Deus, cria em mim um coração puro e renova-me por dentro com um espírito decidido!”  Sl 51(50),12
   Senhor Jesus, cordeiro sem mancha, lave o meu ser com as águas puras do Espírito Santo. Dá-me a alegria da pureza. Que meus desejos, pensamentos, sentimentos, meus olhos, minhas palavras, e tudo mais em mim seja puro. Leva-me à nascente das águas do batismo onde fui gerada no amor do Pai. Cura as feridas da prática sexual desordenada. Lave a minha mente de toda e qualquer pornografia que pode ter me prendido em suas garras. Que o fogo do Espírito Santo queime toda impureza que pode estar gravada no meu inconsciente. Maria Imaculada, Mãe de Jesus, nos ajude a viver a pureza. Amém

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