Deus é a verdadeira fonte. Fonte da vida, do amor, da santidade.
Fonte milagrosa que corre do lado direito do Templo e traz vida por onde passa (Ez 47,112). O Templo é o corpo de Jesus aberto pela lança na cruz - do seu lado jorrou sangue e água (Jo 19,34). Água do Espírito Santo que dá a vida verdadeira.
Água, que como um rio, alegra a cidade de Deus (Sl 46/45). Alegra a alma de quem crê em Jesus Cristo, mas vai além, quer ser refúgio e força para o mundo inteiro, desde que se rendam e reconheçam: O Senhor é Deus!
Águas curadoras da piscina de Siloé, figura do batismo. Santo batismo que me fez filha de Deus, regenerou minha vida, sepultou os meus pecados na Fonte da vida, fonte de cura, regeneração do ser e refrigério para o sedento.
Deus é fonte.
Deus é perdão.
Deus é misericórdia.
Deus é compaixão.
Deus é cura.
Deus é amor.
Deus é beleza.
Deus é felicidade...
Nosso Senhor Jesus Cristo te convida: "Se alguém tiver sede venha a mim e beba" (Jo 7,37).
A promessa de Deus é para nós e para todo aquele que, de longe ou de perto, ouvir a voz do Senhor. Voz que ressoa nos céus e sobre as águas imensas; voz que ressoa no mais íntimo do espírito do homem.
Rendei-vos e reconhecei que eu sou Deus, mais alto que as nações, mais alto que a terra! (Sl 46(45),11)
E o deserto florescerá!
"O Espírito do Senhor está sobre mim, porque ele me ungiu para anunciar a boa-nova aos pobres; enviou-me para proclamar aos aprisionados a libertação, aos cegos a recuperação da vista, para por em liberdade os oprimidos, e para anunciar um ano da graça do Senhor" (Lc 4,18-19). Esse é o programa de vida de Jesus, o meu programa de vida e o objetivo deste blog. Encontrando Jesus, o coração humano, mesmo que esteja um deserto, florescerá.
E o deserto florescerá!
terça-feira, 24 de março de 2020
segunda-feira, 29 de abril de 2019
RESSUSCITOU!!!
"Por que procurais entre os mortos quem está vivo? Ele não está aqui mas ressuscitou!" (Lc 24,5-6)
Ah, a alegria do tempo pascal...
Jesus Cristo ressuscitou!
O mundo e a humanidade jamais serão os mesmos. Do alto céus o Pai nos vê através do olhar do Filho e se enche de misericórdia.
Para muitos pode parecer que nada mudou com a vinda de Jesus. Mas a realidade é totalmente diferente, pois Deus está conosco. O Reino de Deus se realizou nos corações daqueles que O receberam e o recebem. O Reino de Deus está no coração de cada pessoa que ama a Cristo. E no coração de cada cristão brilha uma luz que ilumina a escuridão desse mundo, como as estrelas iluminam a escuridão da noite.
Aleluia!
Ah, a alegria do tempo pascal...
Jesus Cristo ressuscitou!
O mundo e a humanidade jamais serão os mesmos. Do alto céus o Pai nos vê através do olhar do Filho e se enche de misericórdia.
Para muitos pode parecer que nada mudou com a vinda de Jesus. Mas a realidade é totalmente diferente, pois Deus está conosco. O Reino de Deus se realizou nos corações daqueles que O receberam e o recebem. O Reino de Deus está no coração de cada pessoa que ama a Cristo. E no coração de cada cristão brilha uma luz que ilumina a escuridão desse mundo, como as estrelas iluminam a escuridão da noite.
Aleluia!
sexta-feira, 8 de fevereiro de 2019
UM CORAÇÃO FERIDO
A ti fala meu coração,
meus olhos de procuram,
eu busco tua presença, Senhor. (Sl
26(27),8)
Quem experimentou ser amado por Deus,
experimentou a alegria da salvação em Jesus, no poder do Espírito Santo, tem o
coração ferido. O coração foi ferido com uma ferida de amor, de tal forma que
nada nesse mundo tem muito sabor. De forma que mesmo o que é muito bom e muito
belo neste mundo é uma pálida figura do que é realmente bom e belo: Deus. Quem
assim tem o coração ferido vive numa busca constante, seu coração foi seduzido irremediavelmente:
Tu me seduziste, Senhor, e eu me deixei
seduzir (Jr 20,7).
Podemos perguntar: Busca a quem? Busca o
Amado. Busca aquele que entrevemos, mas que depois desaparece – não se deixa
prender. Seguimos na esperança, que já é certeza, de O vermos outra vez. Ele se
deixa encontrar, mas ao mesmo tempo se esconde. Um vislumbre que temos dele é
suficiente para nos plenificar de amor e também para deixar uma saudade
profunda. Saudade, pois desejamos nos unir inteiramente ao Amado. De certa
forma já o possuímos, mas ainda não o possuímos.
Assim caminhamos entre luz e obscuridade,
entre certeza e esperança, entre encontro e saudade. A fé nos faz ir em frente
sem desanimar. Neste processo vamos sendo educados e purificados por ele. Deixamos
pelo caminho o peso dos pecados e apegos, aprendemos a contar com a graça. E a
graça nos basta (cf. 2Cor 12,9).
Firmados no amor de Deus, vivemos no
mundo, mas não somos do mundo. Deixamos para trás a espiritualidade infantil
para crescer na graça e no amor. Graça e amor que nos revelam quem somos, cura
as feridas mais profundas da nossa vida e nos transforma em pessoas firmes, de
pé sobre a rocha. Vivendo em Cristo podemos cuidar de nós mesmos e de todos aqueles
que o Senhor colocar em nosso caminho. Nos tornamos pais e mães espirituais.
Espera no Senhor!
Sê forte e corajoso no teu coração!
Espera no Senhor! Sl 26(27),14
domingo, 19 de agosto de 2018
O SONHO DE DEUS
Antes
mesmo de te formar no ventre materno, eu te conheci; antes que nascesses, eu te
consagrei e te constitui profeta para as nações (Jr
1,5).
Este texto do livro do profeta Jeremias é
muito consolador e nos revela o sentido da vida. Vivemos algo que nos
ultrapassa. Somos chamados a viver o sonho de Deus para nós. O Senhor sonhou
comigo antes de me formar no ventre
materno. No sonho de Deus está presente minha vida, vocação e missão. Se o
realizo sou feliz. E Deus vai revelando o seu sonho para nós aos poucos,
conforme o podemos compreender. Podemos mesmo dizer: conforme nossa abertura e
interesse em conhecê-lo e compreendê-lo.
Nossa primeira vocação é o chamado à vida,
que se desdobra ao longo dos anos enquanto vou assumindo minha vida e doando-a
para gerar vida para outros. O segundo chamado é o chamado ao amor. Ele se
realiza enquanto vou me deixando amar por Deus e, experimentando que sou amada,
abro o meu coração para amar. Para amar preciso morrer para mim mesma. Por
causa do pecado não achamos fácil amar. Então, para amar é preciso que o
Espírito Santo – o amor do Pai e do Filho – me ensine a amar. O terceiro
chamado de Deus para nós é o chamado à santidade. É o chamado a seguir Jesus,
me identificar com Ele, amando até o fim, doando a vida por amor.
Assim, ao longo da vida, vamos
descobrindo e compreendendo outros chamados que não são chamados diferentes,
mas estão todos contidos no sonho de Deus para nós. O chamado a ser pai ou mãe,
a ser consagrado a Deus na vida sacerdotal e religiosa, a se doar numa
profissão, a ensinar as verdades da fé, a anunciar Jesus. Todos estes chamados
se entrelaçam e se realizam dentro do sonho de Deus para cada um de nós. De tal
maneira que podemos identificá-los desde os tempos de criança. Em cada etapa o
Espírito Santo vai-nos enchendo de alegria pela realização do sonho de Deus
para nós. E se nos deixamos conduzir por Ele podemos viver a experiência de uma
vida em plenitude.
Para vivermos em plenitude o Senhor faz
conosco como o oleiro: Como a argila na
mão do oleiro, assim sois vós na minha mão, ó casa de Israel (Jr 18, 6). Os
olhos do oleiro conseguem ver imperfeições que nós não vemos. Quando isto
acontece o vaso é desfeito e refeito para que os defeitos de fabricação e toda
impureza da argila seja retirada. Esse processo muitas vezes acontece em
momentos de crise ou fracassos, ou quando concluímos uma etapa, ou ainda quando
uma porta se fecha e outra se abre. Precisamos ter paciência e coragem para
superar nossas imperfeições. Deixar o Senhor nos purificar e entrar pela porta,
muitas vezes estreita, que Ele abre para nós.
Amados por Deus podemos olhar para nossa vida como um
dom muito belo e bom. Tendo humildade para reconhecer que não estamos prontos,
mas o Senhor vai conduzindo nossa vida tendo em vista a realização do sonho Dele
para cada um de nós.
Eis-me
aqui, Senhor. Desejo fazer vossa vontade e realizar em minha vida seu sonho de
amor. Quero beber o cálice da vida até o fim. Para isto renuncio aos meus
projetos enganosos. Renuncio ao orgulho, egoísmo, a frustração e ao desejo de
estar pronta. Renuncio tristeza, ao medo e a tudo mais que me afasta de Ti e
das pessoas. Ó Espírito Santo, faz de mim um vaso novo, para a glória de Deus.
Assim seja.
domingo, 8 de julho de 2018
A FONTE DAS ÁGUAS
Ele
me fez voltar até a entrada do Templo, e eu vi água vertendo por debaixo da
soleira do Templo em direção leste, pois a fachada do Templo estava voltada
para o leste. A água corria do lado direito do Templo, ao sul do altar (Ez
47,1).
A água que o profeta vê saindo
da soleira do Templo – Templo que é o corpo do Senhor Jesus – é a fonte da
vida. Fonte da misericórdia de Deus para nós, que temos sede e precisamos de
perdão. Fonte que salva e cura. Água que dá vida e sacia nossas necessidades
mais profundas.
“Vinde
às nascentes das águas!” (Is,55,1). Muitas vezes o Senhor faz
esse convite na Sagrada Escritura. E esse é o convite que ressoa dentro de nós.
Convite feito pela voz de Deus, convite para nos aproximarmos Dele e ter a vida
regenerada. A fonte corre generosamente. As portas estão abertas. O convite
está feito: “Vinde! Vinde beber!” É grande a multidão dos sedentos. Muitos
vagam sem perceber que tem sede, sabem apenas que vivem insatisfeitos, pois
sentem que falta algo em sua vida. Muitos nem sabem da Fonte. Outros ouviram
falar dela, mas não acreditam. Outros tantos preferem ficar como estão, vivendo
de migalhas, passando sede, mas não querem dar um passo para procurar a Fonte.
Há ainda quem procura saciar-se em outras fontes – fontes que não são
verdadeiras, são cisternas rachadas que não retém água (cf. Jr 2,13).
Em nossa oração podemos
levar todos à Fonte – os doentes, os sofredores, os que precisam de paz, os
solitários, os que perderam o sentido da vida, aqueles que ninguém ama, os que
vivem no pecado e vão destruindo a vida por onde passam... E cremos que em
nossa oração o Senhor olha para cada um deles com ternura e misericórdia. E em
sua misericórdia Ele achará um meio de se manifestar a cada um. O Cristo
Redentor irá ao encontro deles, pois Ele veio para nos salvar, nos reconciliar
com o Pai, perdoando os nossos pecados e nos dando uma vida nova.
Então, não cessemos de
interceder pelos nossos queridos, pelos que nos pediram oração, e pelo mundo
que Deus ama e quer salvar. Mesmo que demore, mesmo que se torne difícil ter
esperança, pela nossa oração continuemos levando os necessitados à Fonte da
graça. A ação é de Deus, a obra é do Espírito Santo, mas podemos ser os servos
que enchem as talhas de água para que o Senhor a transforme em vinho novo (cf.
Jo 2,1-11).
Senhor
Jesus, confiamos em vossa misericórdia. Trazemos aos pés da sua cruz a multidão
de sedentos que caminham na vida procurando um alívio. Pedimos, Senhor, por
aqueles que Te buscam mesmo sem saber. Pedimos pelos que buscam em lugares
errados. Vá ao encontro deles para que encontrem a Ti, o Senhor que dá a vida.
Pedimos pelos que andam tão errantes que não sabem ou não querem buscar mais nada,
pois nada mais esperam. Pedimos pelos que estão envoltos na nuvem escura da
depressão, do desespero e dos vícios. Pedimos pelos que sofrem e pelos que
desejam a morte. Pedimos pela humanidade sofredora no mundo em convulsão.
Toque, Jesus, em cada um. Busque a ovelha perdida, ó Bom Pastor. Leve todos à
nascente das águas que é o seu Coração. Amém.
Que
minha oração seja o incenso diante de ti, minhas mãos erguidas, a oferenda
vespertina! (Sl 141(140),2).
domingo, 13 de maio de 2018
ASCENSÃO DO SENHOR
Ide por todo mundo e pregai o Evangelho a toda criatura
(Mc 16,15).
Deus
subiu por entre aclamações, o Senhor subiu ao som da trombeta. Catai louvores a Deus,
cantai! Cantai louvores ao nosso rei, cantai!
(Sl 47(46),6-7).
Na introdução aos Atos dos Apóstolos,
Lucas nos conta como Jesus ressuscitado ficou com os seus discípulos, dando as
ultimas recomendações e fortalecendo a fé deles (At 1,1-11). A principal
instrução que Jesus dá a eles é: Esperar o cumprimento da promessa do Pai. O cumprimento
da promessa do Pai é o coroamento do projeto de salvação de Deus. Na plenitude
dos tempos Deus enviou o seu Filho nascido de uma mulher para nos salvar por sua morte e
ressurreição (cf. Gl 4,4). Mas não terminou aí o plano de Deus. Deus queria morar em nós na
intimidade de amor, e assim, poder nos chamar de filhos, nos ungir e nos
conduzir. Isso se tornaria real pelo derramamento do Espírito Santo. E as
ultimas palavras de Jesus ao seus foi:
Recebereis
uma força, o Espírito Santo que virá sobre vós; e sereis minhas testemunhas em
Jerusalém, em toda Judéia e Samaria, até os confins da terra (At 1,8).
O dom do Espírito Santo que recebemos no
batismo como marca indelével, e que é renovado a cada dia se o pedimos, e
especialmente em cada missão ou nova fase da vida, numa nova efusão do Espírito
Santo.
É na força do Espírito Santo que a Igreja
vive. É o Espírito Santo que nos dá força para testemunhar que Jesus vive e é o
Senhor, num mundo em convulsão, em que nada mais é confiável e as vãs
filosofias brotam todo dia; onde as ideologias arrastam a muitos e infelizmente
fazem muitos perderem a fé.
A Palavra de Deus nos convida a
renovarmos a fé, pois a nossa certeza é: Jesus voltará! (At 1,11). Não sabemos
o dia nem a hora, mas certa como a aurora é a sua vinda. Enquanto o esperamos,
carregamos o suave fardo do envio de Jesus: Ide
por todo mundo e pregai o Evangelho a toda criatura (Mc 16,15). Envio que
recebemos no batismo, e se renova no final de cada missa, e sempre que oramos
com a Palavra de Deus. A poderosa voz do Senhor ressoa nos corações dos que crêem: Ide... ide testemunhar a fé em tempos difíceis.
Para isto tomamos sobre nós a oração de Paulo:
Rogo ao Deus de nosso Senhor Jesus
Cristo, o Pai da glória, que vos dê um espírito de sabedoria e de revelação
para o conhecerdes, e ilumine os olhos de vosso coração. Assim compreendereis
qual a esperança a que fostes chamados, quão rica e gloriosa é a herança
reservada aos santos, e qual a suprema grandeza de seu poder para conosco, que
abraçamos a fé, segundo a eficácia da força do seu poder (Ef
1,17-19).
Amém. Que assim seja Senhor.
Renova a graça do batismo e faça-nos nascer de novo na força do Espírito Santo. Vinde,
Espírito consolador! Amém.
domingo, 22 de abril de 2018
GRAÇA E REBELDIA
Podemos perceber dentro de nós duas
forças contrárias. Uma é o desejo de fazer a vontade de Deus, de seguir Jesus
com mais entusiasmo, de amar mais o próximo. Esta força foi gravada por Deus,
no mais intimo do nosso ser, ao nos criar. Mas podemos perceber também a
rebeldia, o desejo de controle, a arrogância, soberba, orgulho, egoísmo, e medo
de fazer a vontade de Deus.
Pela graça do batismo somos atraídos
para Deus, fonte de todo bem. O desejo de fazer a vontade de Deus gera vida e
consolação do Espírito Santo, mesmo quando passamos por tribulações na vida. A
rebeldia, ao contrario, gera a morte, a tristeza, o medo, a frustração e
reclamação. O desejo de me entregar ao Senhor vem do Espírito Santo; a rebeldia
vem do Maligno, é fruto do pecado, do orgulho da carne. A rebeldia vem do amor
próprio desordenado, fruto do orgulho, do desejo de dominar a vida, de ser como
Deus.
A mulher notou que era tentador comer da
árvore, pois era atraente aos olhos e desejável para alcançar inteligência.
Colheu o fruto, comeu e deu também ao marido, que estava junto, e ele comeu (Gn
3,6).
Este versículo da Bíblia revela a
tragédia da humanidade: a rebeldia e desobediência ao Criador. O Maligno
apresentou a Adão e Eva a tentação do orgulho, e eles caíram perdendo a graça
da amizade com Deus. O orgulho, o amor próprio desordenado, entrou pelos olhos
(o fruto era atraente), dominou a inteligência (razão, pensamentos e
sentimentos), e se tornou ação (colheu o fruto e comeu). Seus olhos se abriram,
e viram, não a grandeza que esperavam, mas a pequenez do ser humano (estavam
nus). Pois nossa grandeza vem de Deus, e quando nos afastamos dele só nos resta
a miséria, o fracasso como pessoa. Por isso S. João nos exorta em sua primeira
carta:
Não ameis o mundo nem o que há no mundo.
Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele. Pois tudo o que há no mundo
– os maus desejos da carne, a cobiça dos olhos e o orgulho da riqueza – não vem
do Pai, mas do mundo. Ora, o mundo passa junto com sua cobiça, mas quem faz a
vontade de Deus permanece para sempre.
(1Jo 2,15-17).
(1Jo 2,15-17).
O remédio para a ferida do pecado é a
graça. O tratamento é vigiar sobre o amor próprio desordenado. Vigiamos
reconhecendo que a raiz do pecado está em nós, e se tentarmos arrancá-la por
nossas próprias forças ela brotará em outro lugar ainda mais forte. Mas Deus
não nos criou para o pecado e a infelicidade. Deus nos criou para a vida, o
amor e a santidade. O Espírito Santo é quem nos faz sair do reino do pecado e
nos dá a vida da graça. É Ele quem nos torna dócil à vontade de Deus.
Então, o que posso fazer? Reconhecer
que o pecado mora em mim (cf. Rm 7,14-25), e nas áreas onde sei que ele me
domina, mudar as ações de orgulho para a mansidão. Combatemos o amor próprio
desordenado pela mansidão e humildade. Mansidão e humildade é o jeito de ser de
Jesus (Mt 11,29).
Nossa vida é transformada quando abrimos
o coração para o Espírito Santo, dom de Deus. É Ele quem nos configura com
Cristo e nos dá a alegria de sermos filhos do Pai. Ouçamos a voz do Espírito
que nos exorta a obediência da fé.
O amor próprio desordenado nos leva a
incredulidade, pois quando me deixo dominar pelo orgulho eu creio em mim mesma
e não em Deus. “Não me submeterei!” Este é o pecado de Lúcifer, que pela
desobediência, de anjo de luz se tornou anjo das trevas, o Maligno.
Para quebrar o orgulho não precisamos
procurar muito, basta nos submetermos as situações humilhantes que a vida nos
traz. Em tudo preciso discernimento, que é dom do Espírito Santo. Ele afina
nossos olhos e ouvidos para perceber onde está a vontade de Deus.
Senhor Jesus, lava-me com o teu sangue.
Aos pés de vossa cruz me refugio. Renova a graça do meu batismo. Dá-me o
Espírito Santo. Eu renuncio a satanás e as suas obras. Renuncio ao orgulho e a
desobediência a Deus. Maria, mãe da divina graça, ajuda-me a obedecer ao
Senhor. Desperta meus ouvidos para escutar sua exortação: “Fazei tudo o que ele
vos disser”. Amém.
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