E o deserto florescerá!

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sábado, 16 de junho de 2012

O SUSTENTO DE DEUS



“Pois assim fala o Senhor Deus de Israel: A farinha do pote não acabará e o azeite do jarro não diminuirá, até o dia em que o Senhor mandar chuva sobre a terra”  (1Rs17,14).

      Naquele tempo houve uma grande seca sobre a terra. Aquela era uma região rural e quem vive no campo conhece os efeitos de uma seca prolongada. Toda a forma de vida vai definhando (as plantas, os animais e as pessoas). Nesta situação Deus manda o profeta Elias buscar ajuda para sobreviver à seca. Mas Deus sempre age de forma inesperada pois seus pensamentos não são os nossos (cf. Is 55,9). Assim, o Senhor não manda Elias buscar ajuda junto do seu povo, mas o envia a uma mulher estrangeira, viuva e pobre, que nada tinha para o seu sustento e o sustento de seu filho.

     Quando Deus entrou na vida daquela mulher sua esperança estava no fim e ela se preparava para fazer a última refeição e esperar a morte junto com seu filho – para você compreender melhor leia: 1Rs 17,8-16. Quem é mãe, viuva, pobre, quem já passou por dificuldades na vida pode imaginar o que ia na alma daquela mulher...

      Mas, quando parecia não haver mais esperança, Deus se manifesta através de Elias. E se manifesta de uma forma incompreensível aos nossos olhos. O Senhor, através do profeta, pede a ela tudo o que lhe restava: que faça um pão, não para ela e o filho mas para Elias. O Senhor lhe pede uma prova de absoluta confiança. Olhando para essa mulher podemos perceber que, apesar de todo sofrimento e perdas que aconteceram em sua vida, ela tinha o coração aberto para Deus e para os irmãos, e por isto ela agradou a Deus.

        Quando Elias lhe pede água e pão ela lhe conta sua situação com palavras simples, sem reclamação, murmuração ou revolta. Na pessoa da viuva temos o exemplo de uma pessoa que sofre e sua reação ao sofrimento. Amados, o sofrimento faz parte da vida de todos nós. O faz a diferença é nossa atidude diante do sofrimento: podemos fechar o coração, cultivar tristeza, amargura, ódio, revolta... ou podemos nos abrir e, no sofrimento, deixar que o Senhor nos transfigure. Passar pelo sofrimento como aprendizado, abrindo o coração para o consolo e a força de Deus, crescendo como pessoa. A viúva de Sarepta era estrangeira, pobre, desamparada, mas aberta para Deus. Por isto Deus pode agir na vida dela e de seu filho: “A farinha do pote não acabou e o azeite do jarro não diminuiu, como o Senhor tinha falado por intermédio de Elias” (1Rs 17,16).

    Se você esta vivendo uma situação semelhante, se algo em sua vida parece não ter solução confie no Senhor. Se no seu casamento, na vida de seus filhos, no trabalho, na solidão, na doença... parece que só resta um punhado de farinha e um pouco de azeite, não temas! Abra o seu coração pois está conosco alguém que é muito maior que Elias: o Senhor Jesus Cristo. Preste atenção à sua voz, não permita que o sofrimento endureça o seu coração. Ele nos fala em sua Palavra, fala através dos irmãos, fala na oração, nos consola e nos sacia na eucarístia: “Eu sou o pão vivo descido do céu. Se alguém comer deste pão viverá para sempre. E o pão que eu darei é minha carne para a vida do mundo” (Jo 6, 5).

  Hoje eu não vou escrever uma oração. Fale com Jesus, abra seu coração para Ele. Fale com palavras simples e com toda confiança sobre a realidade da sua vida, como fez a viúva. Ele está sempre conosco: “Eis que estou convosco, todos os dias, até o fim do mundo”  (Mt 28,20).

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