“Ao entrar no Templo, começou a expulsar os vendedores e disse: Está
escrito: Minha casa será casa de oração, mas vós fizestes dela um covil de
ladrões”. (Lc 19,45-46)
Nesse texto Jesus expulsou os vendedores
que profanavam o Templo com seu comércio. Nós somos o templo de Deus e muitas
vezes profanamos ou permitimos que profanem nosso templo. No mais profundo do
nosso ser há um templo interior, morada de Deus, local de adoração, onde somos
saudáveis, onde sou verdadeiramente eu mesma. Este lugar é o meu coração, onde
tomo as decisões mais profundas, lugar da fé, sacrário da alma, onde Deus
habita.
Nosso templo interior, o ser profundo, foi
purificado, santificado, no batismo. Se tornou casa de Deus, morada do
Altíssimo, lugar de oração. Só eu, só você, tem a chave deste templo – o Senhor
me confiou o cuidado dele. Mas quantas vezes abri as portas para os “pagãos” –
pessoas que não o respeitaram, o profanaram, saíram e deixaram tudo revirado,
roubaram algumas coisas, destruíram outras...
Muitas vezes o Senhor mostrou-me que meu
templo interior estava assim e pediu-me para fechar as portas, para recolher-me
com Ele deixando-o curar o que foi ferido, arrumar o que foi desarrumado...
Outras vezes abri a porta para o maligno,
não vigiei, permiti que o tentador viesse colocar maus pensamentos que se
tornaram sentimentos e ações.
O Senhor nos pede vigilância sobre o nosso templo interior. Nele não pode haver ídolos,
vendilhões ou profanadores – espirituais, emocionais, afetivos. Nele só pode
reinar um Senhor:
“Que
entre o rei da glória” (Sl 24,7).
Vem Senhor
Jesus, Rei da glória, tome posse do lugar que é teu por direito. Fui comprada
por um alto preço: o seu sangue. Fui purificada nas águas do batismo;
regenerada pelo Espírito Santo. Eu pertenço a vós, Senhor. Dá-me sabedoria e
discernimento para zelar pelo meu templo interior. Amém
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