“Dai
graças ao Senhor, pois ele é bom, pois seu amor é para sempre”
(Sl
118(117),1).
Alegremo-nos, pois esse amor eterno de
Deus é para nós, filhos. Por isto temos alegria e esperança mesmo vivendo num
mundo cheio de más notícias, e passando por diversar tribulações. Meus irmãos,
não nos esqueçamos que podemos viver o presente e olhar para o futuro como
filhos – ou seja entrar num processo de crescimento e cura, que chamamos de
conversão, para nos tornar mais semelhantes a Jesus , o Filho. E assim, quando
Jesus voltar – no dia da nossa morte ou no final dos tempos - seremos semelhantes
à Ele. E, usando uma pobre comparação, nos reconheceremos nele como nos reconhecemos ao olharmos num espelho. É
isto que a Bíblia nos fala:
“Vede com que grande amor o Pai nos amou,
para sermos chamados filhos de Deus. E nós o somos de fato. O mundo não nos
conhece porque também não conheceu o Pai. Caríssimos, somos desde já filhos de
Deus, embora ainda não se haja manifestado o que havemos de ser. Sabemos que,
quando ele aparecer, seremos semelhantes a ele, porque o veremos tal qual ele é”
(1Jo 3,1-2).
E de tal forma Deus nos ama que não nos
deixou sós: caminha conosco o Ressuscitado como o Bom Pastor: “Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a vida
por suas ovelhas” (Jo 10,11). Jesus mesmo disse que Ele é o Bom Pastor.
Quando pensamos na imagem do pastor nos vem à mente o cuidado, o zelo do pastor
pelas ovelhas. Ao longo dos séculos esta figura de Jesus como Bom Pastor tem
dado conforto e segurança aos cristãos.
Continuemos a ler o que o Senhor nos
fala: “O mercenário, que não é pastor, de
quem não são as ovelhas, quando vê o lobo chegar, abandona as ovelhas e foge.
Então o lobo ataca e dispersa as ovelhas” (Jo 10,12). Jesus nos fala que na
vida lidamos também com o mercenário e o lobo. O mercenário é aquele que se
aproxima e finge cuidar de nós, mas na hora do perigo nos abandona – podemos identificá-lo
com as seduções, mentiras e poderes do mundo, que parecem ser uma coisa boa,
mas nos afasta de Deus e nos torna egoístas, insensíveis aos irmãos.
O outro personagem é o lobo, o maligno.
Sobre ele vejamos o que diz o Catecismo da Igreja Católica: “... o Mal não é
uma abstração, mas designa uma pessoa, Satanás, o Maligno, o anjo que se opõe a
Deus. O “diabo” (“dia-bolos”) é aquele que “se atravessa no meio” do plano de
Deus e de sua “obra de salvação” realizada em Cristo”. (CIC 2851).
Vejamos agora as ações do
Bom Pastor:
·
Tem um relacionamento pessoal conosco: “Conheço as minhas ovelhas e elas me
conhecem, assim como o Pai me conhece e eu conheço o Pai” (Jo 10,14-15).
· Seu objetivo é nos levar ao redil: à comunhão de amor com a Santíssima Trindade.
·
E a prova que Jesus nos dá é esta: Ele
entregou sua vida para nos salvar do Maligno e nos levar à comunhão com Deus,
como filhos amados, semelhantes à Ele.
Ó Jesus, Bom Pastor. Abro agora meu coração e minha
vida diante do Senhor. Sou uma ovelha ferida, preciso do seu cuidado. Sem a sua
proteção e cuidado eu me afasto e me perco nos desvios e perigos do mundo, e
nas seduções do Maligno. Tu és meu amparo. Busca-me. Envolva-me no amor eterno
do Pai. Jesus, Bom Pastor, cuida das minhas feridas, retira os espinhos e
carrapichos que fincaram em minha pele, grudaram em minha alma, e me
desfiguraram. Láva-me com as águas puras do teu Espírito, e me apresente ao Pai
como filha(o) recuperada(o) que retorna à comunhão desejada por Ele. Amém.